LEKA VERDE- EDUCAÇÃO E SUSTENTABILIDADE

O projeto sustentável Leka Verde surgiu de uma parceria da jornalista Karina de Carvalho com a economista Maria Eunice Bulcão Viana , onde pretendemos criar um espaço de discussão sobre o nosso meio ambiente e a educação sustentável. Programamos uma série de eventos entre eles um grande mutirão envolvendo escolas da zona rural do entorno de Brasília. Até o final do ano montaremos uma horta nos padrões da permacultura. Att leka em sueco significa BRINCAR. Beijos verdes lekaverde@gmail.com

2007/12/06

Achei exclente a matéria do colega

CONTARDO CALLIGARIS

"A Vida dos Outros"
O mistério é a banalidade do bem: por que alguns encontram a vontade de resistir ao horror?

É UMA HISTÓRIA que já contei, mas não tenho como evitar esta breve repetição. Anos atrás, defendi uma tese de doutorado sobre a questão seguinte: como é possível que homens quaisquer, sem nenhuma predisposição moral ou patológica, homens como você e eu, possam se tornar algozes?
O exemplo central da tese eram os inúmeros sujeitos que, durante o nazismo, atuaram, direta ou indiretamente, como agentes de extermínio.
Excluí a minoria que era motivada por uma certeza ideológica e os pouquíssimos sádicos, que, aliás, eram descartados pelo próprio processo seletivo dos SS. Também confirmei que, no caso da "tarefa" genocida, as punições para quem não obedecesse às ordens eram mínimas, se não nulas.
Sobraram-me, então, batalhões de reservistas, pais de família, "brava gente", provavelmente animados pela mesma moral básica que todos compartilhamos. Como explicar sua complacência e seus atos?
Cheguei a esta resposta inquietante: qualquer um (ou quase) pode se esquecer de sua humanidade não por convicção nem por crueldade ou por medo, mas, simplesmente, pelo descanso que ele encontra na obediência, no sentimento de fazer parte de uma máquina da qual ele pode ser uma pequena engrenagem. Desejar, pensar e agir como indivíduo é penoso; muito mais fácil é renunciar à subjetividade (sempre atormentada) para transformar-se em burocrata do mal.
Meus argumentos convenceram os que os leram. Mas fiquei com uma pergunta: tinha jogado um pouco de luz sobre a "banalidade do mal" (como dizia Hannah Arendt), mas o que continuava misterioso era a banalidade do bem. Entendia como milhares de homens comuns puderam se tornar algozes; não sabia por que alguns, nas mesmas condições, tinham encontrado a vontade de resistir.
Não penso nos que, animados por seus ideais, levantaram as armas ou a voz contra os totalitarismos do século 20. Gostaria de entender os pequenos gestos de resistência que surgiram do nada, sem uma motivação que fosse clara para o próprio agente. Gostaria de entender o fascista simpatizante que, um dia, no meio de uma batida policial, escondeu um judeu, um homossexual ou um resistente. Ou o burocrata que, de repente, apagou o nome de uma família de uma lista de deportação ou avisou alguém que ia ser preso, para que fugisse a tempo.
No nosso cotidiano imediato, na esquina de casa, por que, às vezes, se abrem frestas de humanidade e resistência na parede uniforme da complacência?
Estreou, na semana passada, "A Vida dos Outros", o filme alemão, de F. H. von Donnersmarck, que foi Oscar de melhor filme estrangeiro em 2007.
Os fatos narrados acontecem durante os últimos anos da Alemanha Oriental, um regime talvez inigualado em seu caráter totalitário e policial.
Claro, é uma história de homens transformados em burocratas sinistros pela vontade de impor seu capricho aos outros e, sobretudo, pelo vazio de sua vida. Mas é também a história do ato de coragem repentino (pequeno ou grande, depende do ponto de vista) de Gerd Wiesler, um oficial da Stasi, a polícia do regime.
Saí do cinema me perguntando o que, no filme, tinha motivado a insubordinação de Wiesler. Foi a descoberta das razões sórdidas de seus superiores? Foi a simpatia por suas vítimas ou, quem sabe, o amor por uma delas? Foi a leitura de um poema de Brecht? Ou a escuta de uma sonata? Ou talvez a comparação entre a miséria silenciosa de sua existência e o ruído de amores, conversas e idéias na vida dos que eram objetos de sua escuta contínua?
Numa cena tocante do filme, Wiesler chega em casa (uma espécie de protótipo do anonimato), cobre seu espaguete com extrato de tomate frio e senta diante do televisor que transmite crônicas políticas do regime. Há, na vida de Wiesler, uma irrelevância e um deserto afetivos que são o próprio estigma da complacência burocrática, mas que talvez sejam, ao mesmo tempo, a causa de uma vontade inesperada de fazer, por uma vez, a diferença, de se permitir um ato que valha a pena ser lembrado e contado.
Raramente assisti a um filme que, de maneira discreta e humilde, me ajudasse tanto a entender o que, de repente, no marasmo, pode nos devolver nossa humanidade e nos levar a fazer a coisa certa.
PS: O livro de José Saramago mencionado na coluna passada, "O Conto da Ilha Desconhecida", foi publicado em 1998 e reimpresso recentemente.



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ccalligari@uol.com.br

RESTAURANTE ACQUAVIT

Caros amigos,

A revista Gula, pela primeira vez, incluiu Brasília em seu prêmio anual de melhor gastronomia da cidade. Este processo teve início em 1º de dezembro, por meio de votação pela internet no site www.gula.com.br. São 19 categorias a serem votadas (carne, churrascaria, rodízio, contemporânea, francesa, italiana, japonesa, peixe, pizzaria, bacalhau, bar, bufê de festa, cafeteria, carta de vinhos, chope, confeitaria, feijoada, suco, chef do ano, sommelier e barista), o que por si só já é um desafio interessante, uma vez que em cada categoria há que se indicar 3 nomes, por ordem de preferência. Cada participante poderá votar apenas 1 vez e o voto só será computado se forem preenchidas, no mínimo, 70% das indicações. Dá um pouco de trabalho, mas pode ser divertido.

A votação irá até 15 de janeiro e até março os vencedores serão conhecidos. Ficaríamos muito honrados se pudermos merecer a sua indicação e torcida na categoria Cozinha Contemporânea.

Um grande abraço,


Simon Lau Cederholm e Luiz Otávio Paiva

Restaurante Aquavit
Setor de Mansões do Lago Norte, Ml 12, conjunto 01, casa 05
55 61 - 91670000, 33697909

Impacto da mudança climática traz risco imediato, afirma ONU

Enquanto os delegados de 190 países estão fechados no Centro de Convenções de Bali tentando costurar um acordo diplomático, o efeito das mudanças climáticas foi classificado como um "perigo bastante imediato e não apenas para um futuro distante" pelo Pnuma, o braço ambiental da ONU (Organização das Nações Unidas).

Ontem, em Bali, a instituição divulgou um relatório sobre os impactos e as vulnerabilidades das mudanças climáticas feito durante os últimos cinco anos nas regiões mais pobres do mundo. A conclusão do trabalho é clara: as mudanças climáticas já chegaram para muitas populações.

Nas dezenas de casos estudados ficou claro que a alteração no clima vai levar a catástrofes se não for levada em conta por políticas públicas. A situação piora em locais onde os demais sistemas (econômico, social e político) não estão azeitados.

No noroeste da China, por exemplo, uma das áreas enfocadas pelo Pnuma, o levantamento mostra que a temperatura subiu entre 0,2ºC a 0,4ºC a cada dez anos, durante as últimas cinco décadas. Como conseqüência, a população chinesa pode enfrentar falta d'água, e o mesmo problema já existe em locais da África e até no México. No Caribe, o aumento da temperatura fez triplicar os casos de dengue.

Na América Latina, a bacia do Prata, onde estão as cidades de Montevidéu e Buenos Aires, é uma área frágil. O risco é o aumento na freqüência das "sudestadas" --nome dado a um tipo específico de tempestade que costuma ocorrer naquela parte do mundo.

Neste caso, mostra o novo guia para os formuladores de políticas públicas, o risco maior é o das inundações.

Sidney

Will Burgess/Reuters

Vista da Opera House com a Harbour Bridge, cartões-postais de Sydney

Menina-dos-olhos da Austrália, Sydney é vibrante, tem belas praias e um povo pra lá de hospitaleiro

Arte UOL

Principal destino turístico da Austrália, Sydney é dinâmica, cosmopolita e elegante. A cidade mais famosa do país é também multicultural, carrega um quê de Europa, com uma pitada de Brasil e um pouco de Estados Unidos. Isso para citar apenas três influências. Não é à toa que a capital do Estado de New South Wales é um dos lugares que atrai mais imigrantes no mundo.

Em Sydney, a vida ao ar livre é levada a sério. A cidade é conhecida por cultuar corpos sarados e bronzeados e por ser meca de surfistas. Nas 40 praias da baía perfeitamente recortada, turistas e sydneysiders, como são conhecidos os moradores de lá, disputam um espaço na areia e um lugar ao sol. Os pontos preferidos para se jogar ao mar são Bondi Beach e Manly, ao norte de Sydney, onde só é possível chegar de balsa, em uma travessia com uma vista de tirar o fôlego.


Arte UOL

Saindo das praias, mas ainda na baía, o porto de Darling Harbour é o lugar onde ferve o agito turístico. É dali que se entra para o centro nervoso da cidade, o chamado Central Business District, ou CBD, onde uns poucos arranha-céus cortam largas avenidas. A região guarda os principais hotéis, restaurantes e bancos locais, além dos dois maiores cartões-postais da cidade, a Harbour Bridge e a Sydney Opera House. Passeios não faltam.

Diversão e hospitalidade australiana

Não é só de belezas naturais e construções grandiosas que vive a fama de Sydney. A cidade australiana tem um povo caloroso e uma atmosfera bastante amigável. Os sydneysiders são desencanados e quase sempre estão prontos para ajudar. A presença dos imigrantes, muitos deles brasileiros, também ajuda -não é difícil cruzar com alguém falando português pelas ruas de Bondi Beach, por exemplo.

Para as horas de diversão e relaxamento, bares, baladas, pubs e restaurantes de todos os tipos e para todos os gostos fazem a cabeça dos viajantes. Entre as festas mais famosas de Sydney, está o Réveillon à beira da baía. Assim como no Rio de Janeiro, há uma enorme queima de fogos que costuma atrair milhões de moradores e turistas do mundo inteiro.

Sydney é uma metrópole de muitas facetas, que nada deixa a dever as outras grandes cidades do mundo, como Nova York, Londres ou Paris. A distância é inegável, a cidade fica quase do outro lado do planeta, mas do que isso importa quando os encantos também são indiscutíveis?


GRUPO DE DISCUSSÃO

Sydney
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NO UOL

Folha Turismo
"Mochilar" é o jeito mais popular de conhecer a Austrália

Viaje Aqui
Sydney tem uma baía irretocável, praias lindas e uma gente desencanada


PORTAIS REGIONAIS

Site Oficial de Turismo de Sydney e New South Wales
www.visitnsw.com.au

Site Oficial da Prefeitura de Sydney
www.cityofsydney.nsw.gov.au

Site Oficial de Turismo da Austrália
www.australia.com

Consulado Geral do Brasil em Sydney
www.brazilsydney.org